Sexo, sangue e rock & roll – Fatos e boatos do mundo sobrenatural (***)

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Bem-vindos, amigos de sangue

Bem-vindos, amigos de sangue. Este blog foi feito para pessoas – ops! – mortos-vivos como eu que gostam de jogar conversa fora sobre o nosso universo: o mundo dos bebedores de sangue “de verdade” e também da ficção. Enfim, é um espaço para uma boa conversa fiada regada a muitas taças de sangue e pescocinhos na mira da webcam (ai!). Entre e dê uma mordidinha...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Quando os vampiros habitavam o Palácio dos Azulejos

Isso aconteceu nos idos da década de 1990. O Palácio dos Azulejos, edifício histórico localizado no Centro de Campinas, estava praticamente em ruínas, em período de pré-restauração. Até que um audacioso diretor de teatro chamado Adolfo Mazzarini resolveu ocupar o prédio, datado do século 19, com toda sorte de criaturas da noite. Naquele cenário de destruição nasceu o espetáculo interativo Cativo, uma peça que chacoalhou o cenário cultural da cidade de uma forma sem precedentes. Os espectadores, sem saber, já interagiam com os atores na fila antes de adentrar ao Palácio ("Coisas estranhas acontecem aqui", avisava uma "vizinha" aos visitantes, enquanto traçava um singelo pacote de batatinhas fritas). Assim que passava para o lado de dentro do edifício, o público era surpreendido por um caixão aberto. Com um homem dentro. Ou melhor, com o Conde Drácula em "pessoa morta-viva". Quando a bilheteria se fechava e não restava uma alma sequer do lado de fora, as portas se trancavam e o reinado do vampiro começava. Todos os presentes se tornavam prisioneiros (ou cativos), e eram obrigados a seguir o senhor do castelo pelos diferentes cômodos da casa e presenciar atos de canibalismo, sadomasoquismo, show de death metal etc. Foi um trabalho digno de um gênio como o querido Adolfo Mazzarini, hoje diretor de uma das unidades do Sesc em São Paulo. Tenho saudades desses tempos em que os vampiros habitavam o Palácio dos Azulejos... Afinal, hoje é tudo tão politicamente correto que dá até alergia.
P.S.: Quem deu vida ao vampirão em Cativo foi o ator Carlos Arruda, o Puruca, que também é diretor de teatro (e dos bons). Muita gente não sabe, mas ele já havia encarnado o personagem na abertura da novela Vamp, da Globo.

2 comentários:

  1. Lembrei das festas de antigamente, aquelas festas nas cidadelas onde faziam a casa do terror.... era uma mega produção para aquela época... Queria mesmo ter ido a um desses espectáculos, mas creio que por vários momentos pensaria se quilo deveras não seria real..... afinal.. no mundo... principalmente nós que acreditamos no que é mais além, às vezes fica compliacado delimitar o que é ou não real.... Boa noite
    Glória. http://semprevampiros.blogspot.com

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  2. Boa noite pra você também.
    P.S.: Quem sabe alguém não reedita o espetáculo?

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