Sexo, sangue e rock & roll – Fatos e boatos do mundo sobrenatural (***)

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Bem-vindos, amigos de sangue

Bem-vindos, amigos de sangue. Este blog foi feito para pessoas – ops! – mortos-vivos como eu que gostam de jogar conversa fora sobre o nosso universo: o mundo dos bebedores de sangue “de verdade” e também da ficção. Enfim, é um espaço para uma boa conversa fiada regada a muitas taças de sangue e pescocinhos na mira da webcam (ai!). Entre e dê uma mordidinha...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Corra, Harry Corra


Fui conferir ontem, em São Paulo, a exibição para a imprensa de Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1. Confiram abaixo o texto que escrevi e que estará amanhã na capa do Caderno C do jornal Correio Popular.

"Uma longa jornada

Depois de assistir a Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1, longa-metragem mais do que antecipado pelos fãs dos livros da britânica J. K. Rowling (e que estreia hoje, à meia-noite, em oito cinemas de Campinas e, a partir de amanhã, entra em cartaz em 21 salas), fica claro que a decisão de dividir o sétimo e último título da série em dois filmes foi puramente mercadológica.
O livro é longo, óbvio, o que para muita gente justificaria a opção de se ter parte 1 e parte 2. Porém, J.K. Rowling, ao escrevê-lo, viveu seu momento J.R.R. Tolkien — a procura de Harry, Rony e Hermione pelas tais Horcruxes (são sete no total), que contêm pedaços da alma do vilão Voldemort e precisam ser destruídas, lembra a trajetória de Frodo Bolseiro e seus amigos de O Senhor dos Anéis. Ou seja: eles andam, acampam, andam, acampam, refletem, escapam dos inimigos, andam mais um pouco...
Na telona, não funcionou, e quebrou o ritmo do roteiro — só faltou chamarem a Horcruxe presa no medalhão que o trio se reveza para carregar durante essa jornada de “meu precioso”. O diretor David Yates poderia ter buscado uma solução mais dinâmica para mostrar essa fase da vida dos três personagens, que tem sua importância no desfecho da história e, assim, acomodar a trama em apenas um filme.
Mas, se quem manda é a lei do mercado (se é possível lucrar por mais um ano com o sucesso da série, porque não aproveitar?), o fato é que a quebra de ritmo no roteiro deixa quem não se encaixa entre as mais de 400 milhões de pessoas que leram os livros de J.K. Rowling um pouco confuso. Ao final da exibição, muita gente perguntava se as Horcruxes e as tais relíquias da morte que dão nome ao filme não seriam a mesma coisa. Não, não são.
Apesar das (poucas, porém sinceras) ressalvas, Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 está longe de ser um filme ruim, e confirma a tradição de qualidade de seus antecessores. Ou seja: tem produção cuidadosa, efeitos especiais caprichados e doses certas de humor que ajudam a quebrar o clima pesado que a trajetória do bruxo adquiriu ao longo da série. Principalmente nessa fase final da história, que pode ser resumida na velha luta entre o bem e o mal, representados, respectivamente, por Harry Potter e o que sobrou da Ordem da Fênix (lembram?) e os Comensais da Morte liderados por Lorde Voldemort (o ótimo Ralph Fiennes).
Vale ressaltar que, como sempre, o elenco é fenomenal. E não me refiro aqui apenas ao trio principal, formado por Daniel Radcliffe (Harry Potter), Rupert Grint (Ron Weasley) e Emma Watson (Hermione Granger), mas ao grupo como um todo. É interessante como a produção da série consegue escalar nomes de peso do cinema britânico para interpretar personagens secundários (mas não menos importantes), e eles o fazem com maestria. É o caso, por exemplo, de Imelda Staunton e sua Dolores Umbridge: impecável, mesmo que o diretor só conceda à atriz uma participação de poucos minutos em um filme de duas horas e meia.
Ah! Ia me esquecendo: se o caro leitor não leu a obra de J.K. Rowling nem assistiu aos filmes anteriores, não perca seu tempo. Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 é somente para iniciados."
P.S.: Espero que gostem (e não me "hocruxefiquem").

2 comentários:

  1. Resolvi ler seu post só depois de ver o filme.
    Eu adorei o filme por ser muito fã de toda a série. Li todos os livros, e vi todos os filmes.
    Também me lembrou um pouco Senhor dos Anéis, na verdade, desde o Enigma do Principe eu tenho essa sensação de semelhança com Senhor dos Anéis, principalmente na cena da caverna.
    E apesar de ter adorado o filme, também achei que podia ter mais ação e dinâmica.
    Acho que até seria melhor eles terem arriscado um filme longo, mas completo. Seria melhor.
    Vou fazer resenha no meu blog também :)

    Beijos

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